Tabuleiro Grande teve origem em 1897, de uma fazenda denominada de Tabuleiro Grande. Era uma enorme fazenda, pertencente ao sargento-Mor Bento Fernandes de Lima, adquirida através de uma concessão de terra chamada de “DATAS DOS MARCOS”, datada de 12 de agosto de 1733, que tinha muito gado solto por estas terras virgens e sem fim. Inicialmente habitada somente por indígina que cuidava das fazendas de criação de gado, posteriormente um herdeiro de Bento Fernandes unificou-as, transformando-se numa grande propriedade voltada para as atividades pastoris.
Conta-se que no final do século XIX, a pessoa de Raimundo Pereira de Araújo, homem do campo, honesto, sincero e humilde, mas de uma coragem que lhe parecia extrema, era das terras onde se encontra a sede do município de Tabuleiro, erguendo a primeira casa, se tornando assim, o verdadeiro fundador desta querida e amada terra. Depois da construção da primeira residência outras pessoas, entre elas destacam: Celso Dantas, Tibúrcio Marcolino, José Joaquim de Freitas, Augusto Gomes de Paiva, Evaldo Ferreira Cavalcante, Severino de Paiva, Alexandre Soares e Otília Rodrigues foram chegando na comunidade e construindo suas moradias e em poucos tempo estava formada uma povoação, posteriormente vila e hoje a querida e amada cidade de Tabuleiro Grande.
Em 20 de janeiro de 1925, um grupo de proprietários chefiados por Celso Dantas, com a participação das seguintes pessoas: Tibúrcio Marcolino, José Joaquim de Freitas, Augusto Gomes de Paiva, Evaldo Ferreira Cavalcante, iniciaram um movimento para erguer uma capela. A união dessas pessoas religiosas, que no ano seguinte, a Capela de São Sebastião estava construída. O Templo religioso católico somente recebeu a benção em 20 de janeiro de 1930, pelo padre Francisco Schols, pároco da Paróquia de Nossa senhora da Conceição de Portalegre. Tratava-se de uma capelinha, já que era bastante modesta, o teto era de ramos e o piso de madeira e somente o altar era de alvenaria. Depois de benzida, uma nova campanha foi realizada, tendo a frente os senhores Celso Dantas e Adalton Gomes de Paiva. Com a finalidade de angariar recursos para a conclusão da capela, tendo em vistas que aquele humilde templo religioso não mais satisfazia a vontade dos habitantes tabuleirense-grandense. Em 1961, ocorreu a demolição da capela para uma construção mais ampla, que foi inaugurado em 18 de janeiro de 1962
O povoado teve crescimento lento e sua atuação econômica se limitava a presença de fazendas de criação de gado. O povoado demorou muito a conquistar sua emancipação política. Em 11 de novembro de 1953, a povoação conquistou à categoria de Distrito Administrativo, subordinado ao município de Portalegre. Em 9 de maio de 1962, a Vila de Tabuleiro Grande deixa de pertencer a Portalegre e passou a ser uma comunidade subordinado ao município de Rodolfo Fernandes, criado pela Lei nº. 2.763 e depois um ano e pouco, mas precisamente no dia 26 de dezembro de 1963, conquistou sua emancipação política, através da Lei nº 3.020 que Tabuleiro Grande desmembrou-se de Rodolfo Fernandes e tornou-se um município norte-rio-grandense, com uma área de 110,6 quilômetros quadrados, equivalente a 0,20 por cento sobre o Estado do Rio Grande do Norte, que foi instalado em abril de 1964, que teve como primeiro prefeito Manuel Inácio de Freitas, nomeado pelo então governador Aluízio Alves, que governou o novo município até 14 de fevereiro de 1965, quando passou o cargo para o senhor Francisco de Queiroz Porto, primeiro prefeito constitucional, eleito em 24 de janeiro de 1965,cujo resultado ficou assim constituído:
PARA FREFEITO:
Francisco Queiroz Porto (PSD)........................................312
Delprest Pinheiro do Rego (UDN)...................................256
PARA VICE-PREFEITO:
Francisco Alves de Souza (PSD).....................................276
José Mendes Bessa (UDN).............................................256
Maioria de Francisco Porto foi 67 votos e a de Francisco Alves foi de 22 votos.